terça-feira, 1 de abril de 2008

Interlúdio (testa a tua atençao)

Haha , GENIAL!

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Canal 2: Per - do(r) - ar

Perdoar não é esquecer (seja definitiva ou temporariamente), apenas;
é esquecer as ofensas!
É um processo mental, ou espiritual, que cessa um resentimento ou raiva contra outra pessoa. É o cessar uma exigência de 'castigo' ou qualquer tipo de preço.
Pode vir através da oferta de alguma forma de desculpa ou restituição, ou mesmo de um justo pedido de perdão, dirigido ao ofendido, por acreditar que ele é capaz de perdoar; mas é normalmente concebido sem qualquer expectativa de compensação (tanto que pode ocorrer sem que a pessoa perdoada saiba).
Perdoar requer extrema sinceridade e generosidade, nunca ferindo qualquer tipo de orgulho ou amor próprio do defensor.
...não se reconhece por palavras, mas por actos.

É mais fácil perdoar o que já nos perdoaram. E nem é numa de 'tamos quites'; simplesmente conhecemos ambos os lados da situação: o de ofendido e o de ofensor.
Difícil é perdoar o que apenas conhecemos do pior lado; isso exige confiança para quem, de alguma forma, nos magoou e nem sempre é facil cedê-la.
Não é facil sacrificar ideais e, muitas das vezes, valores próprios que teríamos de abdicar para ceder um perdão, mas é esse tipo de perdão que demonstra até que ponto gostamos de alguém. E não significa que não gostes de alguém apenas porque não o perdoas; podes amar alguém que não consegues perdoar! E esta é das coisas mais comuns na vida, acredita.

Muitas vezes custa admitir e enfrentar que não conseguimos perdoar mas, mais tarde ou mais cedo, acabamos por fazê-lo (o 'admitir e enfrentar', não o 'perdoar'), seguindo em frente da forma que nos parecer mais viável.
Mas em outras...
Noutras vezes é apenas quando arriscamos até o que não temos que, independentemente do rumo que seguimos a partir daí com quem perdoámos (porque perdoar não significa apenas dar uma nova chance), conseguimos alcançar uma paz de espírito que nos liberta de constrangimentos e que nos compensa de qualquer dor, nem que seja com o simples conforto espiritual de que não guardamos remorsos.
Claro que ficam sempre feridas, mas essas são marcas que nos caracterizam e, sem elas, não seríamos nada do que somos no momento.

*e é para isso que o tempo serve: para sarar feridas ; e não para ajudar a perdoá-las !